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Não somos qualificados para o trabalho



O momento em que vivemos nos traz diversas reflexões, afinal um vírus invisível aos olhos

humanos foi capaz de afastar o homem de seus postos de trabalho, além de confinar as pessoas em seus lares. Tal perigo não se encontra no ar, mas sim na troca de contato entre o ser humano. O que nos leva a questionar se ainda é necessária a mão de obra humana para o funcionamento da economia.


A pergunta não é acerca de quais funções podem ser tomadas por robôs, e sim quando irão assumir o lugar do homem. Diversos autores, como Klaus Schwab, defendem que estamos vivendo a quarta revolução industrial; cada dia fica mais evidente a presença da inteligência artificial no cotidiano.


Diariamente “falamos” com nossos smartphones e crianças já dominam as ferramentas de busca automatizada do Google. Há mais de quatro séculos, Hobbes já defendia a tese de que o mercado de trabalho é uma competição do mais qualificado. Em 2020, um vírus nos faz enxergar o quão frágil é a vida humana. O temor e o receio de ver a mão de obra humana ser substituída por robôs e inteligência artificial já se torna uma certeza. No decorrer da história passamos por três Revoluções Industriais; agora, assim como na primeira ocorrida na Inglaterra, muitos empregos deixarão de existir e cargos humanos não serão mais necessários, com exceção de poucos operadores para o funcionamento das máquinas. Fechar os olhos para a nova realidade e ignorar os fatos levará ao

mesmo caminho das revoluções passadas: a história nos relata as consequências do desemprego, a má distribuição de riquezas que se concentram em uma pequena camada da população e uma nova era do capitalismo se torna mais evidente.


A atual pandemia pode ser um divisor de águas, e tolice é competir com máquinas de capacidades ilimitadas. Sábios serão aqueles que irão tratar de se qualificar para atuar juntamente com a mão de obra automatizada. Se continuarmos andando em círculos e ignorando a evolução tecnológica, teremos apenas uma certeza: não seremos mais qualificados para o mercado de trabalho.


Gabriel Freire tem 20 anos, é graduando em Direito pela UNIRITTER. Residente em Porto Alegre/RS, é assistente jurídico na área de Direito do Trabalho, pesquisador e estudante das áreas de Ciências Digitais com enfoque em inteligência artificial e impacto da tecnologia na vida contemporânea.

A breve reflexão, segundo o autor, tem por objetivo trazer ao público à discussão quanto à importância de atentar-se para o avanço da tecnologia e os impactos e consequências no mercado de trabalho, levando como título a ideia, defendida por diversos autores, de que estamos vivendo a 4° Revolução Industrial.


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