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A Invenção do Outro: O Diálogo entre a Alteridade e o Colonialismo


A proposta deste presente resumo é apresentar a tese central do artigo “A Invenção do Outro: O Diálogo entre a Alteridade e o Colonialismo”. A principal proposta deste trabalho foi analisar de que forma a alteridade (ou seja, o exercício de definição do “Outro”, como principal forma de definição do “Eu”) foi peça-chave do colonialismo.


Em outras palavras, independentemente de quem seja o colonizado, o colonizador

sempre irá utilizar de uma prática que lança mão de vários mecanismos, recursos, denominações e estratégias como formas de rotulação de indivíduos e grupos como sendo “o diferente”, “o estranho”, “o exótico”, “o bárbaro”, “o selvagem”, e entre tantas outras atribuições negativas no objetivo de inferiorizar esse “Outro” e elevar o “Eu”, para embasar e garantir a manutenção desse sistema de dominação e hierarquização que é a colonização.


Como forma de uma melhor compreensão na abordagem dessa proposta, optamos

por especificar três casos que exemplificam a ligação entre a alteridade e o colonialismo, foram eles: o indígena, o negro africano e o árabe oriental. Nosso foco se concentrou em, mesmo tendo a plena noção que esses três exemplos são distintos entre si, averiguar de que forma a alteridade se constitui como prática indispensável na construção do “índio” como “selvagem”, do negro africano como uma “raça inferior” e do árabe oriental (e o Oriente, pensando em larga escala) como alguém que “representa o exotismo”. Isto é, mesmo que cada um desses casos tivessem suas especificidades, é inegável que esse exercício de definição e autodefinição foi o pilar desse mecanismo de subjugação e exploração, o qual contribuiu, através da imagética, dos escritos de viajantes, das instituições, e, até mesmo, através de filmes contemporâneos, para a construção de imagens negativas acerca desses coletivos citados, a fim de embasar a mesma. Chamando a atenção para o fato de que essa construção acerca do “Outro” ainda faz parte do imaginário ocidental, o que indica que não superamos tal mentalidade colonial.


Lucas Xavier Anselmo é formado em Licenciatura em História pela Universidade Estácio de Sá e graduando do sexto período em Bacharel em História na Universidade Federal do Rio de Janeiro. É pós-graduando em Ensino de História da África no Colégio Pedro II e membro do Laboratório de História, Cinema e Audiovisualidades (LHISCA), orientado pelo Professor Doutor Wagner Pinheiro Pereira. 


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